Práticas para despertar vocações durante o Ano Vocacional

Descubra o que você pode fazer pela sua comunidade neste 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil e como ajudar a despertar vocações para o Senhor!

“Acolha o chamado de Deus”, esta é, segundo o arcebispo de Belo Horizonte-MG e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a convocação especial feita pelo Ano Vocacional da Igreja no Brasil, cuja abertura aconteceu no dia 20 de novembro de 2022 e o qual se estende até o dia 26 de novembro de 2023, na Celebração de Cristo Rei.

Você pode conferir a mensagem do presidente da CNBB para o 3º Ano Vocacional do Brasil na íntegra aqui.

Por que celebramos o Ano Vocacional agora?

A Igreja no Brasil celebra o Ano Vocacional a cada 20 anos. A primeira vez, em 1983, foi voltada para a animação vocacional, com o tema “Vem e segue-me”. Em 2003, um novo Ano Vocacional foi celebrado. O tema — “Batismo, fonte de todas as vocações” — desejou “avançar” na reflexão vocacional na Igreja, compreendida como uma “assembleia de vocacionados e vocacionadas”. Agora, 40 anos depois da primeira edição, o 3º Ano Vocacional do Brasil busca oportunizar às nossas juventudes o despertar vocacional.

A proposta foi aprovada por unanimidade pelos bispos na Assembleia de 2021, atendendo indicação do 4º Congresso Vocacional do Brasil, que ocorreu em 2019. Muitos salientaram a grande necessidade de o tema voltar a ser tratado em comunidades eclesiais, paróquias, dioceses e regiões, mesmo porque o número de operários e operárias na messe continua sendo menor do que deveria, conforme constatou Jesus em sua época (Mt 9,35-38; Lc 10,2).

Práticas para despertar vocações

O presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, Dom João Francisco Salm, Bispo de Novo Hamburgo, já destacou a importância de trabalhar a vocação como “uma experiência, uma realidade que diz respeito a toda vida humana”.

Na abertura do 3º Ano Vocacional do Brasil, o Bispo insistiu que todo batizado, “cada um, cada uma, vive uma vocação específica”, fruto de um processo pessoal e individual de discernimento com o Senhor. Para tanto, a Edições CNBB preparou algumas dicas para animar, especialmente nos encontros de catequese, os jovens no caminho de descoberta de sua vocação.

Confira:

1. Convidar os catequizandos a pesquisar a vocação na Bíblia e a identificar como o Senhor chama, como nasce uma vocação. Se possível, organizar momentos de oração e partilha das descobertas entre eles e a comunidade;
2. No dia do presbítero ou do diácono, desenvolver atividades nas quais as crianças, os adolescentes e os jovens possam conversar com os sacerdotes e com os diáconos, conhecer um pouco da vida deles, no sentido de perceber como surgiu sua vocação, e encerrar a conversa com um momento de oração;
3. No dia da vida consagrada, organizar com a comunidade atividades e momentos de reflexão e oração sobre o sentido da vocação à consagração, privilegiando as crianças, os adolescentes e os jovens;
4. No dia da vocação matrimonial, desenvolver atividades com a comunidade no sentido de mostrar o valor da família, que, em virtude do Sacramento do Matrimônio, significa a unidade de amor fecundo entre Cristo e a Igreja e a qual participa desse;
5. Escolher uma data para refletir com a comunidade sobre os carismas, especialmente das lideranças pastorais, valorizando o sentido desses dons para o caminhar da Igreja;
6. No Mês Vocacional (agosto), fazer rodas de conversa vocacional e, se possível, transmitir nas diferentes mídias, sempre destacando o sentido de cada vocação para a realização pessoal e para a Igreja.

O Texto-Base para o Ano Vocacional

O Texto-Base, preparado pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, está divido de forma clara e direta:

Na introdução se apresentam o objetivo geral do Ano Vocacional e seus objetivos específicos.

A seguir, na primeira parte, sob o título “Vocação”, se resgata o chamado a sermos povo de Deus (Concílio Vaticano II), discípulos missionários e discípulas missionárias (Aparecida), para servirmos com alegria (Papa Francisco).

Na segunda parte, intitulada “Vocação é Graça”, se aprofunda o ícone de Marcos 3,13-19, especialmente os aspectos do chamado, do estar com Jesus e da missão recebida dele.

Na terceira e última parte, “Vocação é Missão”, se retoma o objetivo geral do Ano Vocacional como promoção da cultura vocacional em vista do “despertar” das vocações; juntos a caminho, buscando aumentar e se fortalecer em nós a esperança.

Oferecem-se, ainda, algumas indicações práticas para o nosso serviço de animação vocacional como estímulo a descruzarmos os braços, assumindo a atitude de quem sabe que é preciso esperar como se tudo dependesse de Deus e agir como se tudo dependesse de nós.

Sua leitura para o mês!

Veja abaixo recomendações de leitura:

Na Escuta do Outro – Exercícios Espirituais com Bento XVI

Estes Exercícios Espirituais, baseados em vastos conhecimentos bíblicos, patrísticos e hagiográficos, conduzem a uma profunda reflexão sobre o tema das Lições de Deus e da Igreja sobre a vocação sacerdotal. Pelo método da lectio divina, ilustram a vocação do sacerdote, com linguagem atraente, seguindo as etapas típicas das narrativas bíblicas da vocação: o chamado de Deus; a resposta do homem; a missão que Deus confia ao vocacionado, as resistências; a tranquilizadora confirmação de Deus.

Autor: Dom Enrico dal Covolo, S.D.B.

Adquira no site da Edições CNBB.

Leitura Orante Vocacional – Rezar com a Palavra de Deus pelas vocações

Com esta obra, a Edições CNBB espera dar “estímulo” às comunidades para não se cansarem de rezar e de trabalhar pelo despertar de novas vocações consagradas. Cristo continua chamando, as vocações existem, mas precisam ser despertadas, acompanhadas e apoiadas.

Adquira no site da Edições CNBB.

Uma Paróquia Vocacional – Pedagogia da Vocação na Comunidade Paroquial

Em um mundo em mudança e com as novas exigências e possibilidades que oferece o futuro, a paróquia tem de mudar também sua forma de entender e exercer o seu próprio serviço. Essa reflexão pretende, sobretudo, partir de uma certa ideia de paróquia, ideia que faça ver, da forma mais harmônica e sistemática possível, a correlação entre as dimensões do crescimento na fé e a opção vocacional, entre o ser comunidade de fiéis e o ser comunidade de chamados ao mesmo tempo (ou de chamados que chamam).

Autor: Amedeo Cencini

Adquira no site da Edições CNBB.