No tempo de conversão por excelência, semelhantes ao Cristo, preparemo-nos para o caminho rumo à Ressureição
A Quaresma bate às portas e, com ela, um convite mais eloquente à conversão.
“Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos!” é o refrão do Salmo Responsorial da Quarta-Feira de Cinzas, início oficial da Quaresma. Ao longo destes 40 dias, a Igreja, como um corpo, é chamada a uma intensificação nos exercícios espirituais que direcionam nossos corações aos céus. A Edições CNBB preparou este conteúdo para você viver a Quaresma em maior intimidade com o Senhor.
Jesus declara no episódio da mulher adúltera: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” (Jo 8,7). Assim, sabemos que Ele mesmo não é indiferente à nossa natureza pobre e pecadora. Portanto, Ele, o Filho enviado para a nossa salvação, convida-nos incessantemente ao arrependimento e a uma vida nova.
Para tanto, a Igreja insere em seu calendário litúrgico tempos diversos, mas cuja finalidade única é nos fazer recordar a nossa vocação e eleição. Antes do Natal, vivemos o Advento. Antes da Páscoa, centro de todo o Mistério da nossa salvação, recebemos o tesouro de 40 dias de reflexão e meditação. É como o silêncio antes da exultação da festa da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E, na Quaresma, o convite é claro: reconhecer as nossas faltas, para dar espaço a uma vida nova.
No livro O sentido espiritual da Liturgia, entendemos onde está a chave da preparação para o mistério da Santa Missa, celebração de memória da Páscoa: “Para a Bíblia, o puro, o justo não é aquele que está sem pecado, mas aquele que reconhece o seu pecado. Eis o sentido do convite que o celebrante dirige à assembleia: ‘Irmãos e irmãs, reconheçamos as nossas culpas para celebrarmos dignamente os santos mistérios’. ‘Fratres, agnoscamus peccata nostra’, recita o texto latino, a dizer que o primeiro ato que a assembleia é chamada a realizar, agora que está reunida na presença de Deus, é ‘agnoscere’, reconhecer a própria condição de pecado, fazendo sua a experiência do salmo Miserere: ‘Iniquitatem meam ego cognosco’, ‘reconheço a minha iniquidade’ (Sl 51[50],5). O justo é, portanto, o pecador consciente do seu pecado”.
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Grande ajuda vem também dos Sacramentos, vínculos de união com Deus, como pontes para o Céu, durante a nossa peregrinação nesta vida terrena.
“Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido” (Sl 50,12).
O Catecismo da Igreja Católica nos diz: “Só Deus perdoa os pecados. Jesus, porque é Filho de Deus, diz de Si próprio: ‘O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados’ (Mc 2,10) e exerce este poder divino: ‘Os teus pecados são-te perdoados!’ (Mc 2,5). Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, concede este poder aos homens para que o exerçam em seu nome” (n. 1441). Portanto, temos o admirável auxílio do Sacramento da Penitência em nosso favor. Aproveite a Quaresma e procure seu confessor!
Arrependidos de nossos pecados e absolvidos de toda culpa, podemos, enfim, nos unir ao banquete nupcial do Cordeiro no Sacramento da Eucaristia. É de suma importância para o cristão estar sempre nutrido espiritualmente. Jesus é o próprio alimento para os combates diários!
“(…) pois ele diz: ‘No momento favorável, eu te ouvi, no dia da salvação, eu te socorri’. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2Cor 6,1).
Agora é o momento favorável: Deus nos convida à conversão do coração. Não somente em palavras, mas todos os dias, pois nossas atitudes e pensamentos exprimem, de fato, em nós, o nascimento de uma nova criatura, à imagem de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Para este tempo, a Santa Mãe Igreja nos entrega três armas importantes. Confira:
O jejum
A privação temporária dos sentidos da carne eleva o espírito a uma contemplação mais pura da realidade invisível ao nosso redor.
A oração
A oração aproxima-nos de Deus. Na oração podemos desenvolver nossa intimidade com o Senhor: como dois apaixonados que desejam estar sempre juntos, assim deve ser nossa relação com o Altíssimo.
A esmola
A conversão interna deve ser manifestada em atitudes externas. Mas não apenas isso, o desprezo aos bens deste mundo, praticado pelo exercício da esmola, é de grande ajuda para a santificação da nossa alma.
Curiosidade:
O roxo quaresmal
Os sinais externos da Liturgia também remetem à penitência quaresmal. A cor roxa, vestimentas do padre, simboliza justamente o convite à meditação e interiorização dos mistérios celebrados. Apenas no IV Domingo da Quaresma, o chamado Domingo Lætare (ou da Alegria), a Igreja se reveste do róseo, como um roxo “misturado” ao branco das festas.
Dicas de leitura para o Tempo Quaresmal
O Senhor Ressuscitou! A caminho da Páscoa com o Papa Francisco
Nesse livro, o Papa Francisco, a partir de breves pensamentos – que são uma sinalização do caminho de conversão –, nos acompanha desde a Quarta-Feira de Cinzas até o dia luminoso da Páscoa. O Pontífice, no início da Quaresma, nos pede: “Onde devemos fixar o olhar ao longo do caminho da Quaresma? É simples: no Crucificado. Jesus na cruz é a bússola da vida (…)”. Por quê? Porque a Cruz é um grito de amor, é um vislumbre por meio do qual a infinita misericórdia de Deus vem ao nosso encontro. Se abrimos o nosso coração a esse vislumbre de amor, no dia da Páscoa, poderemos exclamar: “O amor venceu o ódio, a vida venceu a morte, a luz afugentou as trevas”.
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O sentido da vida
Dom Valfredo Tepe uniu, nessa obra, psicologia e espiritualidade, autoconhecimento e desejo de doação, o caminho para se chegar ao amor de Deus e à superação das dificuldades para se amar o próximo. Esse exemplar ajudará muitos a se conhecerem e a construírem sua espiritualidade a partir de fundamentos sólidos.
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Gesto concreto de amor
A Campanha da Fraternidade, que nos acompanha ao longo de toda a Quaresma,
tem seu ápice no Domingo de Ramos, no qual acontece a Coleta da Solidariedade.
Conheça mais sobre a Campanha da Fraternidade 2022 clicando aqui.
A Edições CNBB deseja a todos(as) que, neste Tempo, com o coração sedento pelo Senhor, entrem no espírito da penitência e da conversão, a fim de que, ao amanhecer da Páscoa, nossa vida nova, possamos cantar “Aleluia, Cristo está ressuscitado!”.
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