E a palavra se fez carne e veio morar entre nós, e nós contemplamos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1,14).
Então é Natal!
Eis que já veio a plenitude dos tempos, em que Deus mandou à terra o seu Filho. Hoje surgiu a luz para o mundo: o Senhor nasceu para nós! Ele será chamado admirável Deus, Príncipe da Paz, Pai do mundo novo, e o seu Reino não terá fim.
Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa em seus ombros. Ele será chamado “Mensageiro do Conselho de Deus”. Neste dia santo do Natal do Senhor, celebramos o nascimento e a manifestação de Jesus Cristo, Luz do mundo, que vem iluminar as nossas trevas.
Celebremos a chegada do Menino Deus, que sempre vem ao nosso encontro para nos salvar e garantir a vida! Apressai-vos, e não tardeis, Senhor Jesus, para que a vossa chegada renove as forças dos que confiam em vosso amor.
A essência e o significado do Natal
O Natal constitui o início desta mais alta manifestação da divina bondade, uma manifestação que se estenderá por toda a vida de Jesus até a sua glorificação e seu dom do Espírito Santo para os que o acolhem. Deus manifesta sua bondade “não por palavras ou com a boca” – como escreve São João – “mas com ações e de verdade” (1Jo 3,18). Sua ação decisiva é o envio do seu Filho ao mundo em nossa carne.
Abrindo mão de suas prerrogativas divinas, o Verbo eterno de Deus faz-se um de nós no homem Jesus Cristo. Ele, Deus de Deus, torna-se um Homem entre os homens, compartilhando plenamente a nossa humilde condição.
Natal, em sua essência, é a mais alta Teologia: é o Pai eterno que por amor a nós nos dá seu Filho como companheiro, mestre e redentor para depois, juntamente com este Filho, infundir em nossos corações o Espírito do seu amor, aquele que nos leva para dentro da família trinitária.
Há uma antiga tradição na Igreja de ajoelhar-nos durante a oração do Creio ao rezar as palavras: “E se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”. Quem compreende, mesmo um pouco, o que é o Natal, só quer ajoelhar-se, adorar e agradecer.
Nesta noite santa do Natal do Senhor, a escuridão é vencida pela luz do Cristo que resplandece sobre nós. Celebrando este Mistério do Cristo que nasce em nossa humilde condição, unamo-nos aos pobres deste mundo e renovemos a nossa fé em Cristo pobre, que nos enriquece com sua pobreza.
“O povo que andava na treva viu uma grande luz” (Is 9,2). É essa a grande mensagem da Missa da Noite de Natal. Em meio às trevas do mundo, em meio a tanta maldade, perda de sentido e falta de valores que testemunhamos habitualmente, surge para nós uma luz: Jesus. “Um filho nos foi dado” (Is 9,6). Jesus não nasceu “para si mesmo”, mas para nós.
A Edições CNBB deseja a todos vocês um Santo e Feliz Natal!
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