“A terra faça brotar a vegetação, ervas que deem semente e árvores frutíferas, que sobre a terra deem fruto com sua semente, segundo sua espécie (…) E Deus viu que era bom.” (Gn 1,11-12)
No dia 21 de setembro, comemoramos o Dia da Árvore. Essa data tem por objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância dessa grande riqueza natural concedida por Deus. O dia 21 foi escolhido por estar próximo ao início da Primavera.
O meio ambiente abriga uma riqueza imensurável para o planeta Terra e para a humanidade. Diante do incêndio que avança no Pantanal mato-grossense, o qual já teve 15% de sua área atingida pelas queimadas, o Dia da Árvore ganhou, neste ano, ainda mais relevância.
Diante dessa realidade, os bispos dos Regionais Oeste 1 e 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que abrange os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, emitiram uma carta aberta sobre a queimada do Pantanal.
O documento reivindica “que as autoridades se empenhem e se mobilizem com a máxima urgência e que seja feita uma investigação séria, responsabilizando e punindo os possíveis culpados com a reparação justa e necessária pelos danos causados”
Os bispos dizem na carta que as ações emergenciais são necessárias, mas não bastam; “é preciso desenvolver e aplicar políticas públicas sérias de prevenção e de proteção a curto, médio e longo prazo”, destaca o trecho do documento.
Leia a carta na íntegra: https://www.cnbb.org.br/bispos-dos-regionais-oeste-1-e-2-da-cnbb-emitem-carta-aberta-sobre-a-queimada-que-destroi-o-pantanal-a-pior-para-o-mes-de-setembro-diz-inpe/
O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), um organismo do povo de Deus da Igreja no Brasil, lançou ontem, 21 de setembro, um manifesto sobre as queimadas no Pantanal.
Segundo o manifesto, os impactos causados pelos incêndios atestam que somos contemporâneos de um dos maiores desastres ambientais de que se tem notícias.
Conheça o documento na íntegra: https://www.cnbb.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Nota-CNLB-sobre-o-Pantanal.pdf
O Pantanal
O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Esse bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto, tal dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o bioma abriga.
A sua área de aproximadamente 150.355 km² (IBGE, 2004) ocupa 1,76% da área total do território brasileiro. O bioma Pantanal se apresenta como uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai.
O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. De acordo com o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, o bioma Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa.
Assim como a fauna e a flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, coletores de iscas ao longo do Rio Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos, essas comunidades influenciaram diretamente a formação cultural da população pantaneira.
Pan–Amazônia
Além do Pantanal, é quase impossível falar de árvores e não lembrar, também, da Pan-Amazônia. Essa região envolve os países que têm a Floresta Amazônica em seu território: Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname, além do Brasil.
Sendo o maior dos seis biomas brasileiros, ela corresponde a 53% das florestas tropicais ainda existentes.
Reconhecendo a importância que a Floresta Amazônica tem para o meio ambiente no Brasil e no mundo, a Edições CNBB preparou uma série de obras voltadas ao tema como, por exemplo, a Coleção Amazonizar, que até agora conta com dois volumes.
Também está disponível a Coleção Laudato Si’. Trata-se de uma série de obras que trazem reflexões sobre nossa Casa Comum, com uma visão pastoral e sintética da nossa querida Amazônia, bem como a visão mais ampla e ecológica do Papa Francisco sob o mundo.
Já a obra Querida Amazônia é uma Exortação Apostólica do Papa Francisco que, em sua tradução para a Igreja no Brasil, traz perspectivas especiais e palavras harmoniosas sobre os anseios e reflexões do Papa para a região amazônica. Além das obras citadas acima, temos diversos outros exemplares que reforçam a importância da região amazônica e o papel da Igreja na conservação do meio ambiente, bem comum de todos, são eles: Igreja na Amazônia – Memória e Compromisso e Desafio Missionário – Documentos da Igreja na Amazônia.
Esses e outros documentos relacionados à Amazônia você encontra no nosso site: www.edicoescnbb.com.br; escolha sua obra favorita e aprofunde seu conhecimento sobre nosso papel no ecossistema, bem como nosso compromisso com Deus para a preservação da nossa Casa Comum, o planeta Terra.
A árvore
A árvore é um dos elementos-chave do ecossistema e seus benefícios são diversos, como:
- Providenciar o oxigênio necessário para nossa existência;
- Reter o CO2 da atmosfera, funcionando como reservatório de carbono;
- Diminuir a poluição do ar, a poluição sonora e os ventos;
- Promover sombreamento e um ambiente atrativo, calmo e adequado para recreação, lazer e meditação;
- Fornecer base para produtos como medicamentos e chás, além de frutas, flores, sementes, fibras, madeira, látex, resinas e pigmentos;
- Evitar erosão com suas raízes;
- Promover beleza natural para nossos olhares e almas e manter a umidade do ar e chuvas regulares;
- Servir de abrigo para uma grande quantidade de seres vivos. Muitos animais fazem morada no alto das árvores, como as aves;
- Fornecer alimento para vários organismos vivos, inclusive os seres humanos;
Para a humanidade
Além dos bens ambientais, a árvore também movimenta a economia em alguns aspectos, por exemplo:
- Fornece madeira, que é usada como matéria-prima para a construção de móveis e casas;
- Fornece celulose, que é usada na fabricação de papel;
- Algumas plantas apresentam componentes importantes que podem ser utilizados na fabricação de medicamentos e de cosméticos;
- Ajudam a barrar ruídos, sendo importantes nas áreas urbanas.
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