Já se passaram quase seis meses desde que o mundo foi surpreendido pela pandemia do coronavírus e, nos últimos tempos, a sociedade passou a viver as consequências desse “novo normal” da vida cotidiana.
Em qualquer circunstância e agora mais do que nunca, estarmos próximos de Deus e dos seus ensinamentos é fundamental. A Bíblia é como um basilar de apoio, alimento, subsídio e sabedoria para nossa caminhada na Terra.
Na ocasião de abertura do Sínodo Extraordinário da Família, no Vaticano, Papa Francisco ressaltou que “a Bíblia não é para ser colocada em um suporte, mas para estar à mão, para lê-la frequentemente, cada dia, seja individualmente ou juntos, marido e mulher, pais e filhos, talvez de noite, especialmente no domingo”, enfatizou Francisco.
Setembro: o mês da Bíblia
Setembro foi o mês escolhido pela Igreja no Brasil para a celebração do mês da Bíblia. A escolha deste mês para dedicar-se à Bíblia se deve ao fato de, no dia 30 de setembro, ser comemorado o dia de São Jerônimo, o tradutor da Bíblia dos originais (hebraico, grego e alguns trechos em aramaico) para o latim.
Neste período, busca-se, de maneira especial, aprofundar o conhecimento da Sagrada Escritura e a sua aplicação na vida cotidiana, bem como a partilha da Palavra de Deus nas mais diversas plataformas possíveis.
Bíblia Sagrada: tradução oficial da CNBB
Em 2001, foi lançada, em caráter experimental, a tradução integral da Bíblia auspiciada pela CNBB e caracterizada pela simplicidade da linguagem, pela aderência aos textos originais e pela proximidade à Nova Vulgata.
Em 2007, foi iniciada uma revisão acurada em vista de novos objetivos: o uso como tradução oficial da Igreja Católica no Brasil e, em decorrência disso, a extração das perícopes litúrgicas. Com o percurso dos trabalhos, a revisão tornou-se, na maior parte dos casos, uma nova tradução, tendo em conta a harmonização dos principais conceitos e a consonância com a tradição teológica e litúrgica da Igreja.
Depois de todos esses anos de estudo e pesquisa, foi lançada a tradução oficial da CNBB em 2018. A presente tradução oficial da Bíblia Sagrada adota como base textual os documentos bíblicos originais em hebraico, aramaico e grego, tomando por guia a tradução bíblica oficial da Igreja Católica, a “Nova Vulgata”. Não é, portanto, uma tradução do texto latino da Nova Vulgata, mas uma tradução dos textos originais, em consonância com os critérios usados pela Nova Vulgata, conforme as orientações da Igreja.
Assim como a Nova Vulgata, a nova Bíblia da CNBB leva em conta as novas descobertas documentais e a crescente valorização das antigas traduções gregas, siríacas, egípcias e latinas, às vezes mais antigas ou de maior importância para a Igreja dos primeiros séculos que os textos comumente considerados como os mais originais. Nem a Nova Vulgata, nem a nova tradução da Bíblia da CNBB pretendem restabelecer um “texto original” único, mas procuram representar os textos que os primeiros cristãos conheceram, citaram e comentaram. A existência de variantes textuais na transmissão do texto bíblico não deve causar estranheza, pois a Palavra de Deus se encarna na linguagem humana, marcada pelos limites próprios da condição humana.
A Bíblia é a referência primeira de nossa fé dentro da grande tradição viva da Igreja. O valor pastoral desta tradução consiste em seu cuidado científico, em sua adequação ao uso litúrgico e em sua preocupação com a compreensão exata dos termos bíblicos, seja qual for o leitor.
Diante do desvirtuamento de alguns termos pela má compreensão ou pela interpretação fundamentalista e/ou relativista, não se procurou substituí-los – correndo o risco de apagar sua relação com o conjunto da Bíblia e o seu rastro na tradição eclesial –, mas optou-se por traduzir o texto com clareza maior e enriquecê-lo com as devidas notas.
No site da Edições CNBB, você encontra diversas versões da Tradução Oficial da Bíblia Sagrada. Vale ressaltar que o conteúdo litúrgico das opções disponíveis é o mesmo, o que varia é o material, capa e impressão, que se adequam ao melhor uso para cada leitor. Escolha sua versão favorita da Bíblia Sagrada da Edições CNBB em: www.edicoescnbb.com.br/biblias
O mês da Bíblia 2020
O livro escolhido para estudo no Mês da Bíblia em 2020 é o Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para teu irmão” (Dt 15,11). O seu conteúdo é rico em reflexões morais e éticas, com leis para regular as relações com Deus e o próximo.
A Igreja nos convida a refletir sobre a solidariedade e a justiça na perspectiva da Sagrada Escritura, a qual deve ser acessível a todos “se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DAp, n. 247).
O Mês da Bíblia deste ano nos faz olhar para a realidade eclesial e social e está em sintonia com vários eventos e situações. É uma obra preciosa a fim de que se possa compreender o processo de revelação de Deus: de um Deus severo .
Destacam-se no Deuteronômio a preocupação em promover a justiça e a solidariedade com os pobres, o órfão, a viúva, o estrangeiro. São leis humanitárias encontradas também no Código da Aliança (Ex 20-23).
Para o ano de 2020, foram preparados cinco encontros digitais na metodologia da Leitura Orante, já bem conhecida pela Igreja no Brasil. A Leitura Orante garante uma pedagogia interativa e mistagógica, da qual todos podem participar e nela crescer.
No site da Edições CNBB, você encontra o lançamento do e-book: Mês da Bíblia 2020 – Encontros Bíblicos – Digital.
Acesse: www.edicoescnbb.com.br/produto/mes-da-biblia-2020-encontros-biblicos-digital-71520 e saiba mais.
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