Uma das características mais fortes do pontificado do Papa Francisco é atrair para o seio da Igreja todos os que se encontram distantes e enfraquecidos. Esse convite foi ainda mais longe, e tornou-se uma convocação à santidade. Com a Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate – Alegrai-vos e exultai – o pontífice deseja conscientizar os filhos e as filhas da Igreja de que a vontade de Deus é a santidade de todos.
Vejamos 5 pensamentos do Papa Francisco – abordados em sua carta – que farão você entender o quanto Deus te quer santo!
1.A classe média da santidade
O irmão que luta todos os dias próximo de você – na sua família, talvez – pode estar trilhando um intenso e profundo caminho de santidade. É disso que Francisco trata nesta obra. O Santo Padre tira a santidade – vista no mundo de hoje como algo inalcançável – das mãos de poucos e entrega a todos os cristãos: casados, trabalhadores, pais, religiosos.
“Cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, em um momento determinado da história, um aspecto do Evangelho” (GeE, n. 19).
2.Os inimigos sutis de uma vida santa
Segundo Francisco, atualmente, duas heresias da antiguidade se erguem com força, de modo que, sutilmente, se contrapõem à santidade como um chamado de todos. O gnosticismo e o pelagianismo, que, para o Papa, levam “a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar” (GeE, n. 35).
Quanto ao gnosticismo, trata-se de uma espécie de autocelebração de “uma mente sem encarnação, incapaz de tocar a carne sofredora de Cristo nos outros, engessada em uma enciclopédia de abstrações” (GeE, n. 37). Já o pelagianismo, pode ser definido por quem “sente-se superior aos outros por cumprir determinadas normas” ou por ser fiel “a um certo estilo católico” (GeE, n. 49).
O convite do santo padre é ao discernimento quanto às próprias motivações e divisões que podem atrofiar o projeto de Deus para sua vida.
3.O caminho da santidade: as bem-aventuranças
Ao decorrer da Exortação, Francisco indica nas bem-aventuranças o itinerário de santidade do próprio Cristo. Seria como “a carteira de identidade do cristão” (GeE, n. 63), e oferece direção para viver cada recomendação de Jesus.
4.A grande regra: misericórdia!
Não é possível um autêntico caminho de santidade sem ousarmos ir às periferias da vida – tão abordadas pelo Papa Francisco. Lá o encontraremos. “Jesus antecipa-se a nós no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sombria. Ele já está lá” (GeE, n. 135). O santo padre mais uma vez convida-nos a ir em busca do coração do sofredor, do excluído, e a sermos canais de redenção.
5.Santo e alegre
“O santo é capaz de viver com alegria e sentido de humor” (GeE, n. 122). Francisco chama atenção a não atribuir a santidade à reclusão e ao semblante ranzinza. Muito pelo contrário, a alegria é fruto do Espírito Santo, logo a partir de uma experiência autêntica com Deus as relações tendem a se tornar mais leves e reais. “Há muitos casais santos, onde cada cônjuge foi um instrumento para a santificação do outro” (GeE, n. 141).
Na Gaudete et Exsultate, o Santo Padre ainda chama atenção a não usarmos o cotidiano como desculpa para nos afastarmos da oração, ao contrário, “a santidade é feita de abertura habitual à transcendência, que se expressa na oração e na adoração” (GeE, n. 147).
Portanto, é preciso lançar-se na aventura de viver o sonho de Deus para seus filhos. “Não tenhas medo da santidade! (…) Porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando te criou e serás fiel ao teu próprio ser” (GeE, n. 32).
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